Não será mais o meu, o seu, o nosso Pacaembu...

O Estádio Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu, infelizmente perderá seu charme, sua essência e principalmente, a razão de sua existência.

Sim, é verdade que com a construção da Arena Corinthians, o velho Paca ficou meio solitário, ainda mais que a gigantesca cidade de São Paulo possui uma quantidade enorme de estádios: Morumbi, Allianz Parque, Canindé, a própria Arena do Timão, isso sem falar na tradicional Rua Javari, o Ícaro de Castro Melo, e até mesmo a Arena Barueri, que por mais que fique em outro município, mas é como se fosse um bairro da cidade de São Paulo.

Porém, quem nasceu em Sampa sabe que o Pacaembu além de ser um estádio com uma localização incrível, é o mais simpático, aconchegante e agradável de se assistir uma partida de futebol, isso sem falar que é um dos mais bonitos cartões postais de uma cidade que tem tudo, que não para, mas que em termos de turismo não é uma das mais atraentes.

Por ser um estádio municipal, seus custos pertencem a prefeitura de São Paulo, e como bem sabemos, são décadas de más gestões, e não somente na cidade em que nasci, afinal, o descaso e o abandono no nosso país existem desde o dia em que fomos fundados!

Sendo assim a prefeitura arrendou o Pacaembu para um consórcio que ficará 35 sob sua administração.

E as notícias que chegam não são nada boas.

O Tobogã deverá ser demolido, e a capacidade será reduzida para cerca de 26.000 pessoas. Um centro empresarial será construído no seu lugar. Sim, vocês não leram errado, um prédio de escritórios… Jogos de futebol deverão ser restringidos a cerca de quinze por ano. Por fim, lá teremos festas de casamento, aniversários de criança, eventos, ou seja, um centro de exposição com uma praça de eventos, e que contará com uma partida de futebol vez ou outra…

Em Londres, o emblemático estádio de Wembley foi demolido, mas no seu lugar foi construído um novo Wembley, lindo e maravilhoso!

Mas aqui, o velho Paca, um patrimônio da cidade de São Paulo, se transformará num palácios das convenções.

Triste, triste, triste…